segunda-feira, 15 de abril de 2013

Entre a CUT, a Cúria e os Credores (pós-aula 2)

Vamos continuar nossa discussão sobre o tema DECISÃO. Considere o caso abaixo e dê sua opinião:

Numa cidade média do Nordeste do país, você desenvolveu uma pequena manufatura de produtos que aproveitavam fibras locais. Sua empresa progrediu rapidamente, e, para reduzir custos de transportes, mantinham-se várias plantas perto das fontes produtoras de matéria-prima. Assim, passados poucos anos, você já tinha algumas plantas espalhadas por várias cidades do estado.
A partir de determinado nível de produção, modernizavam-se algumas plantas com novos equipamentos e maior automação. Outras, pequenas e médias, permaneciam com tecnologia mais atrasada e tradicional. No início do ano de 2000, quando seu negócio estava indo muito bem, você foi surpreendido com uma competição de produtos oriundos de um país asiático, com preços em média 30% abaixo dos seus. Como resposta imediata, você apertou os seus custos e margem de lucro, o que fez reduzirem-se todas as possibilidades de manter os investimentos anteriormente programados na modernização das plantas.
Após análises estratégicas mais apuradas, verificou-se como melhor alternativa: valorizar as plantas mais modernizadas e competitivas, interromper o projeto de modernização e expansão e fechar duas plantas mais tradicionais em cidades menores. No entanto, essas duas plantas estavam em locais pobres, em que praticamente uma parcela substancial da comunidade dependia delas para sua própria sobrevivência. Os funcionários a serem demitidos, e já antigos na empresa, teriam pouquíssimas possibilidades de outros empregos. Em uma delas, inclusive, o prefeito da cidade acabara de inaugurar, com grande festa, a melhora da estrada que se comunicava com a planta no sentido de facilitar o escoamento da produção e garantir o progresso do município.
Você esteve presente a essa inauguração e reafirmou o compromisso de continuar investindo e operando na cidade. Você se encontra também diante de grande pressão comunitária, envolvendo associações diversas para desistir de fechar essas plantas.

O que você decide?

18 comentários:

Fernanda B. da Cruz disse...

Se estas plantas "se sustentassem" as manteria em funcionamento, devido à responsabilidade social que as mesmas carregam. Caso contrário, infelizmente tomaria a decisão de fecha-las.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Concordo totalmente com a Fernanda. Mesmo não tendo lucro com as plantas tradicionais, o valor social que a empresa ganharia , não tem preço. Porém, eu reuniria todos os funcionários e explicaria a situação e em quais fatores a decisão foi baseada.
Caso os índices apresentados pela produção dessas plantas fossem muito negativos, eu encerraria a produção e se possível, aproveitaria a expertise dos funcionários mais antigos realocando-os em outras filiais.

Roseni Oliveira disse...

Eu seguiria as análises estrategicas, valorizaria as plantas mais modernizadas e competitivas para estar competindo lado a lado com meu novo concorrente. Porém, Eu não fecharia as duas plantas imediatamente, apenas diminuiria o investimento ou fecharia apenas uma. Sabemos que em muitas cidades do nordeste o apoio politico é fundamental, ou seja, não ia querer perder um apoio tão importante. E também pelo fato de que toda empresa precisa se preocupar com o fator social.
Em relação aos funcionários se necessário faria uma redução, optando pelos mais esforçados e de maior rendimento. Uma outra opção seria conversar com todos os funcionários para entrar em um acordo de diminuir a carga horária e readequar o salário, assim, conseguiriamos manter todos os funcionários da empresa.

Leandro Manzo Francischetti disse...

Infelizmente, não seria possível continuar com as duas plantas. Acredito que diminuiria aos poucos os trabalhos nessas plantas, uma por vez, até que chegasse ao ponto de fechá-las, independentemente de suas funções sociais. Não deixaria, obviamente, de tentar aproveitar meus melhores funcionários e proporia a realocação dos mesmos para as plantas mais modernas. Dessa forma, estaria num meio termo entre o desenvolvimento da empresa e o desenvolvimento social da região.

André Canales disse...

Optaria por fechar as duas plantas localizadas nas cidades mais carentes, no entanto antes abriria um Programa de Demissão Voluntária para todos os funcionários (com benefícios extras em caso de adesão como extensão do plano de saúde, 1/2 salário por ano trabalhado). Desta forma se atingida cota suficiente de adesão realocaria os funcionários das plantas mais pobres que permaneceram na empresa.
Caso a cota de demissão não seja suficiente não restaria alternativa além de demitir por avaliação de desempenho.
Acredito que esta seria uma forma de optar pela melhor opção para a empresa e reduzir os impactos sociais na população.

Fernanda Baroni Flygare disse...

Levando em considereção as análises estratégicas, interromperia as atividades das duas plantas mais antigas, já que a empresa não pode ter prejuízos porém não esqueceria da parte social e realocaria os melhores funcionários das plantas antigas nas plantas mais modernas. Dessa maneira acreito que diminuiria o impacto na parte social e tomaria a melhor decisão para empresa.

Unknown disse...

Concordo com a maioria dos comentários, infelizmente teremos que rever os custos para a manutenção das plantas mais antigas e menos rentáveis. Primeiramente conversaria com a prefeitura, ou mesmo com o estado do local dessas plantas e tentaria subsídios como forma de minimizar custos. O plano de demissão voluntária também é uma saída interessante, mas não sei se teria impacto forte em uma cidade pequena, onde todos se conhecem e se falam, sendo que assim é mais difícil tomarem decisões mais radicais, como se demitirem, uma vez que veriam colegas não aderindo e imagino que seguiriam esse movimento...

Talita Machado Coelho disse...

Eu reduziria o trabalho aos poucos das plantas menos modernas e aproveitaria o máximo dos recursos existentes nas plantas modernizadas, garantindo minha competitividade. Posteriormente, fecharia as 2 plantas e criaria um outro tipo de trabalho social para os funcionários que não foram realocados, com parceria do governo, a fim de melhorar a estrutura local da região (investiria em outros tipos de negócios).

Paulo Rogério Prieto Ogeia disse...

Tomaria algumas medidas conforme segue:
1. Verificar junto a prefeitura a possibilidade de isenção de alguns impostos para tentar fazer a unidade novamente competitiva;
2. Chamaria o Sindicato para uma conversa junto com os empregados para uma tentativa de readequação salarial;
3. Através da modernização das demais plantas, traria o maquinário substituído das mesmas para estas duas plantas, deixando-as menos ineficazes, o que daria um novo fôlego às mesmas.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Acredito que o fechamento das plantas e a realocação dos funcionários, que estejam dispostos a mudar junto a com empresa, seja a melhor das alternativas.

Stacey T. Shu disse...

Eu concordo com o Paulo, por se tratar de uma decisão estratégica que implicaria na desistência das duas plantas importantes para a comunidade carente, eu buscaria outra alternativa onde eu possa manter todas as elas, ou pelo menos manter uma das menos modernizadas, ao invés de excluir ambas de uma vez.
No começo diminuiria o trabalho das duas plantas para valorizar as plantas mais modernizadas e competitivas para competir com o meu novo concorrente e explicaria a minha equipe o porquê dos reajustes.
Tentaria, através da Prefeitura , diminuir isentar ou diminuir alguns impostos e procurar junto ao Sindicato, uma readequação salarial.
Assim que as demais plantas estivessem modernizadas, retomaria o projeto de modernização e expansão das duas plantas menos eficazes. Seria um investimento arriscado, porém ao longo prazo, as duas plantas tornariam tão eficazes quanto às demais modernizadas.

Heitor Santos disse...

Concordo com as ações de tentar manter as unidades e também de transferir equipamentos das unidades que vêm sendo modernizadas, mas em todo caso o fechamento sendo inevitável, consideraria a possibilidade de transferir toda a responsabilidade social praticada pela CIA para atender essas comunidades, amenizando o impacto de deixar de ser o principal provedor de recursos financeiros para essas pessoas.
Ações como o apoio a creches, bibliotecas, lazer público, escolas profissionalizantes, preparariam essas pessoas para o novo cenário na cidade delas e isso poderia até manter a imagem que a empresa construiu ao longo dos anos junto a essas pessoas, deixaríamos as cidades, mas não as pessoas e o compromisso com o progresso sejam das pessoas ou das próprias cidades.

Anônimo disse...

Acredito que a melhor alternativa seja fechar estas plantas menos modernizadas, evitando assim prejuízos futuros e investiria nas mais modernizadas a fim de manter a competitividade.
A contribuição social seria realocar todos os funcionários para as plantas mais modernizadas.

Naiara Brugnaro Malavasi disse...

Como já dito pela maioria, antes de tudo buscaria apoio político, uma vez que certamente a cidade sofreria muito com a perda destas plantas, o que mobilizaria a prefeitura e os sindicatos a buscarem alternativas de modo a ajudar a manter o funcionamento das 2 plantas.
Entretanto, não sendo possível o apoio e diminuição dos gastos com funcionários e impostos, fecharia as unidades e realocaria funcionarios em outras áreas e as máquinas menos modernas também, não deixando de utilizá-las. Porém, seria necessário verificar antes os gastos que trariam à empresa ao realocar funcionários destas unidades mais pobres em plantas mais modernas dependendo da distancia entre as unidades, por exemplo.

Ludmylla Rabelo disse...

É necessária análisar se as plantas modernas atendem total demanda de produção.
Caso não atenda, tentaria um apoio político para incentivos fiscais, já que essas plantas tradicionais são importantes para a sobrevivência da cidade.
Em segundo lugar diminuiria a produção dessas plantas que acarretaria na demissão de funcionários, pois mesmo com o incentivo fiscal, o produto desta planta ainda pode me sair mais caro do que o produto das plantas modernas.
Tentaria uma realocação dos funcionários para plantas mais modernas e caso necessário um plano de demissão voluntária.
Em último caso o fechamento dessas duas plantas menos rentáveis.

Ludmylla Rabelo disse...

É necessária análisar se as plantas modernas atendem total demanda de produção.
Caso não atenda, tentaria um apoio político para incentivos fiscais, já que essas plantas tradicionais são importantes para a sobrevivência da cidade.
Em segundo lugar diminuiria a produção dessas plantas que acarretaria na demissão de funcionários, pois mesmo com o incentivo fiscal, o produto desta planta ainda pode me sair mais caro do que o produto das plantas modernas.
Tentaria uma realocação dos funcionários para plantas mais modernas e caso necessário um plano de demissão voluntária.
Em último caso o fechamento dessas duas plantas menos rentáveis.