domingo, 21 de abril de 2013

Numa crise, uns choram outros vendem lenços (pré- aula 4)

Caros alunos e visitantes:

O texto abaixo é da Época Negócios. Vale a pena ser lido.

De que lado você está?
Em crises, há aqueles que choram e outros que vendem lenços. Palmas para quem enxerga oportunidades em momentos de turbulência
por
Francisco Gracioso

Já estou cansado de ouvir falar do tal ideograma chinês que representa crise e oportunidade. Há também a frase de Winston Churchill, que num discurso durante a guerra lembrou que é preciso vir a escuridão para que as estrelas brilhem. Pessoalmente, prefiro, para me inspirar, a frase que ouvi de Guilherme Paulus, presidente do conselho de administração da CVC, a maior empresa de turismo nacional. Paulus construiu o seu negócio ao longo de três crises sucessivas e resume assim sua experiência: “Nas crises, há os que choram e os que vendem lenços”. O leitor pode fazer a sua escolha, mas uma coisa é certa: crise não é hora para encolher. Ao contrário. É preciso trabalhar mais, vendendo lenços para quem precisa deles.

Se olharmos para o passado, veremos que a história moderna do Brasil se fez durante as crises, algumas até puramente nossas, diferentemente da atual. A mais longa perdurou dos anos 80 até o início do século 21, período conhecido como o das décadas perdidas. O Brasil parou e o PIB per capita recuou. No entanto, muitas empresas prosperaram e setores inteiros tomaram forma no país. Foi em tempos de crise que evoluíram as telecomunicações, a informática e a educação superior. Foi também durante as décadas perdidas que o varejo brasileiro se modernizou, a indústria siderúrgica renasceu e os trens voltaram a correr sobre os trilhos. Ainda nesse período, estruturaram-se as grandes plantações de soja e a liderança brasileira no suco de laranja. Poderíamos citar outros exemplos, para mostrar que num país como o Brasil sempre haverá oportunidade para crescer.

Vejam o que aconteceu com a Escola Superior de Propaganda e Mar­keting, que dirigi nessa época. Em 1980, era uma pequena escola, sem muita expressão. No ano 2000, enquanto o país encolhia, a ESPM havia se tornado um centro de ensino de vanguarda, com cerca de 9 mil alunos.

O segredo desse crescimento tem nome. Chama-se orientação para o mercado. Identificamos nichos de oportunidades que escapavam aos demais e nos preparamos para conquistá-los, inovando de duas maneiras: nos processos e nos cursos oferecidos. Creio que o mérito maior, em todos esses casos, está na inovação.

Por definição, tempos de crise são tempos para inovar, passar o negócio a limpo e rever a própria natureza da empresa. Na turbulência atual, há duas perguntas básicas a serem respondidas: 1. Quais as novas necessidades que surgirão em nosso mercado?; e 2. Como atendê-las antes e/ou melhor do que nossos concorrentes?

Inovação não é privilégio de grandes empresas. Aliás, a forma mais eficiente de inovar é por meio da utilização de recursos já existentes, mas de forma diferente, como mostra esta história de Thomas Edison. Conta-se que o inventor morava em uma casa com jardim e seus amigos reclamavam do portão, que era muito duro para abrir. Descobriu-se, depois, que Edison havia adaptado ao portão um dispositivo que acionava a bomba do poço cada vez que o portão era aberto.


Como as ações de um líder podem ajudar nessa postura diante do mercado?


 

22 comentários:

Unknown disse...

Acredito que o Líder deve contribuir de maneira conjunta com a equipe. Conhecendo cada um dos integrantes de sua equipe é possível estimulá-los a contribuir com o seu melhor. Novas ideias, na maioria das vezes, surgem de acordo com a intuição de cada indiviudo.

Heitor Santos disse...

Acredito que figura do líder para orientar seus colaboradores a assumir uma nova postura mediante a mutação do mercado é fundamental para o sucesso da equipe e consequentemente da CIA. Um líder que na crise consegue mostrar para a equipe, que aquele é um momento (que o mundo não vai acabar), que além do resultado, será extraído aprendizado e amadurecimento profissional para todos faz deste um período importante que deve ser conduzido sempre avaliando riscos e oportunidades, alinhados com as expectativas que as CIAs têm para o determinado momento.

Anônimo disse...

Acredito que o gestor sempre possui duas opções, desistir ou encarar o desafio. O líder é aquele que encara o desafio, promove mudanças, a cooperação entre as pessoas, aprende, inova e acima de tudo faz dos seus subordinados, aliados.
O líder deve ter a sensibilidade de criar oportunidades e crescer em meio às dificuldades e só com uma equipe bem estruturada ele possui maiores chances de prosperar.
O mercado hoje pede profissionais diferenciados e uma das qualidades de um bom líder é a capacidade de perceber que o ciclo deve ser encerrado, mesmo que não seja da forma esperada e poder refletir para os próximos desafios.

Unknown disse...

Na minha opinião um bom líder é aquele que atrela experiência e boa formação. Com estas duas habilidades é possível prever situações e agir de maneira mais viável para a Organização em que atua. Certas situações reunir a equipe e ouvi-los com o propósito de identificar possíveis falhas pode ser o melhor caminho ao sucesso da empresa. Porém, em alguns casos em que o gestor está no topo da hierarquia, a sensibilidade (experiência) é essencial para a tomada de decisões, mesmo que esta a escolha não seja positiva, sem duvida ela servirá de aprendizado para outras situações semelhantes.

Juliana Abrahão disse...

Um bom lider sabe onde esta pisando. Em primeiro lugar, eu concordo muito com o Heitor, o lider deve acalmar sua equipe, pois o apocalipse parece que chegou mas é mentira, e aproveitar este momento para mostrar as oportunidades por trás deste caso, as chances de amadurecimento e crescimento e também deixar claro que ninguém na companhia esta sozinho, todos fazem parte de uma equipe e cada um vai dar suporte ao outro para no final todos comemorarem a bonanza.
Mas um lider não deve apenas dar suporte, precisa motivar, a paixão pelo o que faz vem do líder, ele que deve contagiar a todos, sem esta paixão, como se motiva alguém? O funcionário motivado inspira e transpassa alto astral, isto contagia a todos. Uma equipe motivada e focada tende sempre à ascender.

Fernanda B. da Cruz disse...

Se o líder for criativo e souber envolver sua equipe no sentido de buscar algo novo em meio à crise, fará toda a diferença neste momento.

O contrário também é verdadeiro, caso o líder seja negativo também pode desmotivar toda a equipe que poderia encontrar novas soluções.

A postura do líder é algo de grande importância nos momentos difíceis.

Leandro Manzo Francischetti disse...

Sabedoria, tranquilidade, paciência e inteligência. Acredito que, em um momento de turbulência, essas são características que farão a diferença para um líder e, consequentemente, aos seus subordinados.

Sabedoria para saber exatamente qual caminho seguir. Tranquilidade e paciência para que não sejam tomadas medidas erradas. Inteligência para fazer com que as decisões sejam trilhadas da maneira correta.

Um abraço à todos!

Leandro.

Roseni Oliveira disse...

Um bom líder deve sempre manter o respeito, ética e reconhecimento junto a sua equipe. orientando, ouvindo atentamente as sugestões e questionamentos para poder ir em busca dos resultados desejados.
Em tempos de crises e de dificuldades ele deve ser resistente a frustração, saber persistir nos objetivos e ideais traçados e ter discernimento para motivar e distribuir as tarefas de forma consistente e segura, confiando naqueles que assumiram as responsabilidades as quais ele delegou... Para vencer as crises e dificuldades que existem em qualquer empresa, e preciso que o líder saiba falar e ouvir...

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Acredito que um líder diante de uma crise deve estar antenado em todas as movimentações do mercado e a economia, principalmente do seu país, para que as suas decisões atreladas as habilidades individuais do seu time sejam aproveitadas da melhor maneira, diante de tal situação. Várias cabeças pensam melhor que uma, e com um líder preparado, criativo e motivado para contagiar a equipe, com certeza será mais que um vendedor de lenços, assim evitando que a sua equipe e a sua empresa sintam a turbulência de uma crise.

Katrini Lima disse...

Na minha opinião, o líder deve primeiramente tranquilizar a equipe frente ao ruídos e mostrar que independente da crise, o negócio precisa seguir em frente e crescer.
Acredito que se o líder souber posicionar a equipe sobre as mudanças que vão ocorrer e alinhar seus conhecimentos com as idéias e opiniões da equipe, o processo de inovação se torna mais fácil.

Unknown disse...

Acredito que uma estratégia possivelmente eficaz, para manter e preservar a geração de novas ideias, esta no conceito de Gestão do Conhecimento,tendo a visão de uma organização orgânica,empresa que aprende, onde os valores e conhecimentos possam ser disseminados entre e por todos os membros independente da posição hierárquica ou departamento.

Edson disse...

Nas crises que nascem as descobertas e grandes estratégias, mas diante da incerteza, pensamos de forma pessimista e agimos com atitudes muitas vezes desesperadas e frustrantes. A visão de um gestor deve ser otimista, como uma à nossa reinvenção, a grande busca de oportunidades, não ignorar ou simplesmente se fazer de vítima deixando seu time ao acaso.
Agir de forma prática e simples, fazer o que tem que ser feito para mudar a situação, e obviamente sua experiência e seu conhecimento vai fazer a diferença frente ao problema.

Naiara Brugnaro Malavasi disse...

Um líder num momento de crise deve ser muito equilibrado, manter os pés no chão, conhecer muito bem seu negócio e claro, ter plena consciência do que está acontecendo a sua volta e estar antenado.
Não adianta acreditar que tudo está bem, que irá passar e ficar de braços cruzados. É preciso agir também e motivar a equipe perante a realidade, expondo as dificuldades e o que se pode fazer para superá-las. Deve encarar o momento como um desafio que exigirá muito trabalho, mas será compensado ao final com o mérito do esforço feito e os resultados positivos.
Resumindo, o líder deve ser realista, antenado e ter força de vontade.

Fernanda Flygare disse...

Em primeiro lugar, acredito que o líder deve ter maturidade e tranquilidade para acalmar e motivar a sua equipe, tendo em vista que em situações de crise, os funcionários geralmente tendem a se desesperar e reduzir o foco no trabalho e no mercado. Além disso, o líder deve usar todo o seu "expertise" para aproveitar as oportunidades existentes mesmo nos momentos de crise e sair na frente de outras empresas.

Anderson disse...

Muitas vezes, um momento de dificuldade enfrentado na crise, faz com que as pessoas pensem de forma diferente, esse diferente, digo, uma nova forma de trabalhar, isso gera progresso.


Gosto muito da frase:
"Progresso é impossível sem mudança, e esses que não podem mudar suas mentes não podem mudar coisa nenhuma." George Bernard Shaw


Mas pq só em um momento de desconforto as pessoas conseguem mudar a forma de pensar/trabalhar e consequentemente atinge o progresso?
Tive alguns "chefes" que em momentos de crise, tentavam não revelar a situação da empresa, talvez para não gerar um desconforto na equipe? Talvez ele não consiga uma estabilidade boa? Posso estar errado, mas julguei-o como um líder imaturo.

Respondendo a questão:
Acho que transparência na posição de um líder é fundamental, assim como buscar uma nova forma de agir, frente à crise, sempre compartilhar e absorver novas as idéias.

Stacey T. Shu disse...

Acredito que o gestor deve ser aquele que carrega um sentido de empreendedorismo, sendo persistente em sua busca pelo 'novo', seja com recursos novos ou utilizando os já existentes de forma inovadora. É importante que o mesmo crie um ambiente propício para isso, ou seja, enxergando o desempenho individual e grupal de sua equipe, liderando-os de forma ética e positiva. Lembrando sempre avaliar os riscos e oportunidades que estão em jogo.

Paulo Rogério Prieto ogeia disse...

Quando um líder enxerga os reveses sobre uma ótica de oportunidades, sai da zona de conforto e acaba encontrando soluções, cuja origem parte do próprio revés... É como tirarmos do veneno da cobra o antídoto para o mal que ele faz!
Dentro de um universo de ações que poderiam ser tomadas, cito alguns pontos que entendo ser importantes neste processo:
• Avaliar o problema em sua raiz e não apenas superficialmente;
• Verificar processos improdutivos e substituí-los por outros mais eficazes;
• Buscar inovação para seus produtos, tornando-os diferenciados do mercado;
• Pratica de benchmarking.

Talita Machado Coelho disse...

Primeiramente o líder deve estar confiante e certo das oportunidades que surgirão, para passar a sua equipe as informações necessárias para que o ambiente de trabalho continue em harmonia e sem burburinhos e tensões. Passando essa tranquilidade e confiança, acredito que vem a hora de identificar potenciais em cada um (o que não impede que o próprio colaborador avalie a si próprio) para liderar junto a ele novas tarefas, o que mostra à área que a própria equipe pode e deve participar de alguns momentos de decisões, inclusive nos de crise. Resumindo: guiar a equipe com boa comunicação a fim de não perder o foco nas tarefas do dia-a-dia e encontrar oportunidades de melhoria para a prórpia área (se for o caso da crise ainda não a ter atingido).
Abs,

André R. Canales disse...

Em primeiro lugar o líder tem que ser o ponto de equilíbrio entre a crise e sua equipe. Deve mostrar a todos que a turbulência sempre estará presente no caminho de um profissional e que este momento é uma excelente oportunidade para inovar e reinventar.
Passar confiança para a equipe é fundamental para conseguir ultrapassar os obstáculos. Permitir que seus subordinados apresentem ideias e sugestões para contornar a situação problemática é outra alternativa para a resolução do problema além de promover o desenvolvimento de todos.
Em resumo o papel do líder é harmonizar e estimular seus subordinados em prol de um objetivo em comum.

Ludmylla Rabelo disse...

Primeiramente o líder tem que manter e acalmar a sua equipe frente a uma crise. Com o papel de líder ele pode incentivar e aguçar sua equipe para novas idéias, contribuindo para a superação deste momento.
As sugestões apresentadas podem não ser aceitas, mas isso não deve alterar o empenho e a motivação para resolver as propostas impostas por seus superiores.

Unknown disse...

Acho que o líder deve tranquilizar o time frente às adversidades e mostrar que a crise é uma oportunidade do negócio seguir em frente e crescer.
Essa forma inovadora de gerenciar a crise transmite a confianca necessaria ao momento, e maximiza as chances de sucesso do time frente aos problemas!